terça-feira, 14 de agosto de 2012

Testando

Postagem do celular.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Pernilongos Pernósticos

O título é um verdadeiro achado. E este post também. Nunca precisei coletar tantas informações de tantos lugares variados para entender as tantas perguntas que nos vêm a cabeça quando deparamos com um bicho desses: O que são estes seres? Por quê zumbem? Para quê servem? E assim por diante. A parte melhor da história é que existe resposta para tudo. Vamos lá.



O nome pernilongo existe devido às suas patas compridas e finas, mas eles também podem ser chamados de muriçocas ou carapanás. Seu nome científico é Culex Quinquefasciatus e em inglês é conhecido como Mosquito e na europa como Gnat. Não confunda com um outro animal também chamado de Pernilongo ou Perna-longa que é uma ave de pernas extremamente longas e bicos longos e finos. Que se alimentam de insetos aquáticos e pequenas criaturas e seu habitat são as águas salgadas ou salobras em clima quente ou morno.


Os pernilongos surgiram no planeta Terra a cerca de 30 milhões de anos atrás. No período Terciário da Era Cenozóica, quando a Terra adquiriu a sua forma atual. Eles tiveram todo esse período para melhorarem suas habilidades como caçadores de seres humanos. Dentre estas habilidades, temos:



  • Sensores químicos: mosquitos podem sentir o dióxido de carbono e o ácido lácteo a até cerca de 36 metros de distância. Mamíferos e pássaros liberam estes gases como parte da sua respiração normal. Certas químicas no suor também atraem mosquitos.

  • Sensores visuais: se estiver usando roupas que contrastam com o plano de fundo e especialmente se você estiver se movendo enquanto usa estas roupas eles podem mirar o alvo em você.

  • Sensores de calor: pernilongos podem detectar calor, assim podem encontrar mamíferos e aves de sangue quente facilmente quando estão próximos o suficiente.

Como a maioria dos insetos, o corpo dos mosquitos adultos têm três partes: a cabeça, onde estão
todos os sensores, 2 olhos, antenas e as partes da boca que são o palpo (para examinar os alimentos) e a probóscide (tromba, que pica e suga o sangue como um canudinho); o tórax, onde ficam as 2 asas e 6 patas anexadas e o Abdôme onde ficam os órgãos digestórios e excretores.



O ciclo-de-vida dos pernilongos é dividido em 4: ovos, que são postos na água e ficam lá flutuando, podem sobreviver ao inverno e eclodem na primavera; larva, que saem dos ovos e respiram o ar da superfície através de um sifão, se alimentam de material orgânico da água e chegam a crescer de 1 a 2 centímetros num período que varia de dias até semanas dependendo da temperatura da água e da espécie; pupa, vivem em qualquer água de um a quatro dias, no final do período de encasulamento e se transformam em mosquitos adultos.



Assim que o pernilongo se torna um adulto uma das primeiras coisas que ele busca é uma cópula e depois da cópula eles procuram por comida. Pernilongos machos se alimentam da seiva e do néctar de algumas plantas. Em compensação, os pernilongos fêmeas têm a probóscide que elas usam para sugar sangue e assim assimilar a proteína para gerar os ovos. As fêmeas ainda podem viver até um mês após botarem seus ovos, já os machos vivem apenas alguns dias após a cópula. Os pernilongos geralmente não voam mais de 300 metros do local onde nascem.



Pernilongos machos são diferentes de pernilongos fêmeas. As fêmeas têm antenas mais simples, enquanto os machos possuem uma antena mais cheia de receptores que o ajudam a localizar as fêmeas. As fêmeas também têm os probóscides mais longos do que os machos. O som que o pernilongo emite é proveniente da frequência da batida das suas asas. Eles chegam a bater cerca de 1000 vezes por minuto. Os pernilongos machos batem as asas mais rapidamente do que as fêmeas, fazendo com que seja numa frequência inaudível para os ouvidos humanos. Ou seja, quem zumbe são apenas as fêmeas.



Portanto somente as fêmeas picam e são atraídas por várias coisas como o calor, luz, transpiração, cheiro do corpo, ácido láctico e dióxido de carbono. Quando a fêmea pousa no corpo, ela é capaz de sugar até 5 microlitros de sangue. Seriam necessárias 1.120.000 picadas de pernilongo para que todo o sangue de um homem adulto fosse retirado. Sua probóscide é tão fina que passa pela pele sem que as terminações nervosas a perceba. Quando a vítima percebe que foi picada, já é tarde. O pernilongo já está nutrido e pela mesma probóscide onde o sangue entrou, o pernilongo deixou uma enzima que serve para que este não coagule durante a sucção. Uma fêmea é capaz de picar mais de uma vez até obter todo o sangue necessário para botar cerca de 250 ovos por vez e, depois disso está preparada para picar mais, uma vez que estiver fecunda.


Esta enzima, porém, é encarada como um corpo estranho, chamando a atenção de células de defesa, que logo vão acudir. E, como elas correm pelos vasos capilares todas ao mesmo tempo, alguns deles se rompem, deixando escapar o seu líquido. O resultado desse vazamento é o edema, aquela bolota no local da picada, provocando também uma coceira de dar nos nervos. Tente evitar coçar a área da picada e lave a região com água e sabão neutro.


Acredite: o sistema de defesa precisa de dois dias inteiros para quebrar a enzima do pernilongo em pedaços minúsculos, que são eliminados em seguida. Aí os sintomas vão embora de vez. Antes disso é possível conseguir algum alívio com compressas frias ou, ainda, uma pomada antialérgica receitada pelo médico.




Alguns insetos semelhantes podem carregar em si bactérias, parasitas e vírus que causam várias doenças como: malária, febre amarela, encefalite, dengue, etc. Não é possível que seja transmitido o vírus da síndrome da imuno-deficiencia adquirida (AIDS). O vírus não pode sobreviver no corpo do pernilongo e caso sobrevivesse, uma pessoa teria de ser picada 10 milhões de vezes por pernilongos infectados para receber uma unidade do HIV.


Para evitá-los é recomendado o uso de repelentes químicos como o DEET, repelentes naturais como a citronela e a andiroba, telas, inseticidas e o controle de populações. Uma engenhoca legal é a raquete que dá choque em insetos.


Seu único pró é: polinizar as plantas. Seus contras: picam, geram feridas, transmitem doenças e emitem um dos sons mais irritantes do mundo. E é possível identificar que todos os contras são das fêmeas. Inclusive que faz a proliferação desta praguinha.


E apesar de tudo isto eu ainda não consegui uma boa desculpa para que este bicho ainda habite nosso planeta. Oh! E agora? Quem poderá defendê-lo?

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Doenças Peculiares

Hipocondríacos, afastem-se! Não ousem sequer terminar de ler esta primeira linha!

Sim! O texto que aparece a seguir é uma compilação de doenças que, no passado, chegaram a serem consideradas reais apesar de estranhas. Com o tempo pode-se então decobrir que algumas doenças são apenas parte dos sintomas de outras doenças, efeitos de novas tecnologias na vida do homem e resultados do poder que o lado psicológico tem sobre o corpo humano.

Algumas doenças existem no PubMed (um serviço de consultas da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos) outras, no entanto, têm fortes chances de serem falsas. O que não deixa de ser um fato curioso.

Segue a lista:

Síndrome do Controlador Aéreo: presença de úlceras estomacais nos controladores aéreos, como resultado do stress no trabalho. (Illinois Medical Journal, 1972)

Alopecia Walkmania: perda de cabelos pelo uso prolongado de fones de ouvido. (Journal of the American Medical Association, 1984)

Âncora Vidrado: apresentador de telejornal com os olhos vidrados causados pela leitura do teletipo para as câmeras sob luzes fortes e brilhantes. (Syracuse, New York, TV Station, 1960)

Humor Ártico: extrema irritabilidade nos exploradores do ártico devido a exposição a escuridão, monotonia, isolamento e privação de sentidos. (Lancet, 1910)

Dedos Cervejeiros: inchaço, coloração arroxeada e a perda do dedo causada por colocar o anel da lata de cerveja no dedo. (JAMA, 68)

Cérebro Bingo: dor de cabeça associada a intoxicação por monóxido de carbono que ocorre depois de passar várias horas em salas cheias de fumaça de cigarro dos bingos. (Canadian Medical Association, 1982)

Tique dos Observadores de Pássaros: a excitação nervosa ao contemplar uma espécie pela primeira vez. (Nex Scientist, 1982)

Psicose dos Fisioculturistas: surtos psicóticos associados ao uso de esteróides anabolizantes causando alucinações, ilusões paranóicas, mania de grandeza e sintomas maníacos-depressivos. (Lancet, 1987)

Pés de Cassino: dor nos pés causado por ficar em pé em frente das máquinas papa-fichas durante longos períodos de tempo. (Wilmington Morning Star, 1981)

Dedos de "torcedor de pescoço de frango": deslocação parcial e artrosi da articulação do dedo médio pelo uso contínuo deste para deslocar o pescoço dos frangos durante o abate. (BMA Journal, 1955)

Depressão de Natal: stress psicológico durante as férias de fim de ano, relacionado com o uso de alcool e das pressões sociais. (JAMA, 1982)

Cartão-de-creditite: dor no traseiro e músculos devido a pressão dos nervos por uma carteira recheada de cartões de crédito. (New England Medical Journal, 1966)

Dedo Disco: dedos irritados por estalar os dedos enquanto se dança. (New England Medical Journal)

Cotovelo de Passeador de Cães: dor causada pela tensão constante e puxões que volta e meia o cão dá na correia que o prende. (New England Medical Journal, 1979)

Epilepsia do Game SpaceWar!: epilepsia causada pelas luzes piscantes dos vídeo-games. (BMA Journal, 1982)

Fenômeno Pokemon: ataques epiléticos (causados em um episódio específico) em crianças com disposição prévia somada a histeria dos meios de comunicação a respeito desses ataques.(South Med J. 2001 )

Munheca Espressa: dor que os encarregados das máquinas de café espresso sofriam nas munhecas devidos aos fortes movimentos necessários para fazer o café. (JAMA, 1956)

Dermatite de Chinelo: doença da pele dos pés por usando chinelo de borracha. (BMA Journal 1965)

Dedos de frisbee: corte nos dedos devido a um intenso lançamento de frisbee. (New England Medical Journal, 1975)

Braço de Golf: dor no ombro e cotovelo depois de muitas partidas de golg. (BMA Journal, 1896)

Cotovelo de Pescador: inchaço doloroso do ombro devido a repetidas içadas da vara de pescar. (New England Medical Journal, 1981)

Dona-de-casite: sintomas nervosos devido a dedicação extrema à casa e à família. (Centrescope, 1976)

Nódulo dos Carregadores: inchaço dos carregados de um hotel devido ao transporte de malas pesadas. (Diseases of Occupations, 1975)

Congelamento por Picolé: congelamento dos lábios por ficar muito tempo em contato com um picolé. (New England Medical Journal, 1982)

Bunda de Jazz: acessos dolorosos em bailarinos que frequentemente dão giros apoiados em seus traseiros. (Daily Telegraph, 1987)

Foliculite de Jeans: irritação dos folículos pilosos da cintura causada por calças muito justas.(New England Medical Journal, 1981)

Dedos de manche: dor nos dedos devido ao uso prolongado de manches de videogames. (Jama, 1987)

Câimbras dos Afiadores: inchaço doloroso da mão causado por afiar muitas facas. (Diseases of Occupations, 1975)

Língua de selo: úlceras na boca devido a sensibilidade ao selo. (Dangerous Trades, 1902)

Câimbras dos Contadores de Dinheiro: ataques dolorosos dos músculos ao contar muito dinheiro. (English University Press, 1975)

Depressão de Autoestrada: dores de cabeça em motoristas que pegam congestionamento. (BMA Journal, 1963)

Joelhos de Beata: inchaço do joelho ao ajoelhar-se frequentemente para rezar. (Disease of Occupations, 1975)

Queratite do Abridor de Ostras: irritação ocular pelo contato com fragmentos da concha das ostras. (BMA Journal, 1896)

Síndrome dos Shorts Elásticos: formigamentos e inchações dos pé ao usar shorts elásticos muitos justas. (BMA Journal, 1972)

Fígado de Jogador: o perigo de passar mais tempo no bar do que jogando algum jogo. (Encyclopedia of Sports, 1971)

Perna Saque Rápido: ferida de bala na perna ao praticar o saque rápido de uma arma. (JAMA, 1966)

Síndrome do Reflexo da Busina: tendência dos motoristas que esperam em engarrafamentos e começam a businar muito. (New England Medical Journal, 1976)

Síndrome do Marido Aposentado: tensão, dor de cabeça, depressão e ansiedade na mulher de um marido que acaba de se aposentar. (Wester Journal of Medicine, 1984)

Nádegas de Costureira: endurecimento da pele devido a um trauma contínuo ao utilizar a máquina de costurar sentado no chão. (American Family Physician, 1979)

Síndrome de Papai Noel: dor lombar ao carregar crianças pesadas e pacotes. Uma doença que se adquire pelo contato com muitas crianças. (JAMA, 1986)

Pernas de Televisão: perda da flexibilidade normal das pernas por ficar sentando no sofá em frente à TV por muito tempo. (JAMA, 1958)

Dermatite do Vaso Sanitário: irritação cutânea do traseiro ao passar muito tempo no vaso sanitário. (Archive of Dermatology, 1933)

Coceira de Uniforme: irritação cutânea do pescoço, peito e braços ao usar novos uniformes. (BMJ, 1973)

Dermatite de Volkswagen: reação alérgica cutânea causada pelos parachoques de borracha. (Archive of Dermatology, 1971)

Síndrome da Mulher Trabalhadora: fadiga, irritabilidade, dor de cabeça e diminuição da libido pelos stress de fazer dois trabalhos. (Lancet, 1966)

Pé de Yoga: paralisia do pé devido a compressão ao praticar posições de Yoga. (Jama, 1971)

Foliculite de Jacuzzi: infecção dos folículos epiteliais devido a hidratação prolongada e a oclusão da pele (trajes de banho) dias após usar uma jacuzzi contaminada. (Atlas Levene de Dermatología)

Herpes de Gladiador: transmissão de herpes em desportos de luta e contato físico frequente com ferimentos como: boxe, rugbi, etc. (Clin Sports Med. 2004)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch

Volteeeei! E não estou testando as teclas do meu teclado. Esse monte de letras acima é o nome de uma cidade (alguns diriam vilarejo ou comunidade) que fica na ilha de Anglesey, no País de Gales.




É também conhecida como Llanfairpwllgwyngyll e seu nome pode ser sintetizado como Llanfair PG ou Llanfairpwll. Claro que para nós, brasileiros ou portugueses, não deve ser muito fácil falar isso tudo assim, de uma vez, mas com um pouco de treino até se torna fácil.




De acordo com o censo de 2001 a cidade possui 3040 moradores. 76% deles falam galês fluentemente e é a quinta maior população da ilha. O nome tem cerca de 58 letras e é o mais longo nome de cidade do mundo (no alfabeto galês são 51 letras porquê o 'ch' e o 'll' contam como uma única letra) e significa "Igreja de Santa Maria no buraco do avelã branco próximo do redemoinho rápido e da Igreja de São Tysilio da caverna vermelha". Profundo, não?






E pra quê um nome tão... peculiar?


O vilarejo foi originalmente chamado de Llanfair Pwllgwyngyll (Igreja de Santa Maria no buraco do avelã branco) e teve seu nome ampliado no século 19 numa tentativa de transformar o vilarejo em um centro comercial e turistico. Infelizmente a estratégia falhou e hoje eles apenas ostentam o título de cidade com o maior nome e crianças que evitam falar que passaram lá as férias pois só de escrever o nome da cidade a mão já cansou.


E de onde veio esta estratégia?


De uma cidade dos Estados Unidos que se chamava "Pueblo de Nuestra Señora la Reina de los Angeles sobre El Rio Porciuncula" que significa "Povo de Nossa Senhora a Rainha dos Anjos sobre o Rio Porciuncula". Tem certeza que não conhece ou nunca ouviu falar desta cidade?


Ela utilizou esta técnica do nome grande e prosperou. Hoje, ao ser a segunda maior cidade dos Estados Unidos, ela gosta de ser chamada apenas de Los Angeles. A única grande cidade americana a ser fundada por um grupo de colonizadores predominantemente afro-americanos.


Para deixar a coisa mais interessante a vila é dividida entre o centro antigo (Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch-uchaf) e a área mais nova localizada próxima da estação (Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch-isaf). Os mais antigos da área central se gabam por terem uma letra a mais, enquando os moradores da área mais nova acham mais cool o segundo nome.


Para facilitar a vida daqueles que falam português e desejam falar este nome maravilhoso. Segue este arquivo de áudio e a forma como é ouvida (com sotaque brasileiro, é óbvio):

ranviro pouguinguir guguerinch vindrobó rantisilio gogogó

É fácil, rápido e indolor. E para aqueles que gostam de saber só por curiosidade a cidade Brasileira com maior nome não é Pindamonhangaba, nem Itaquaquecetuba e sim Vila Bela da Santíssima Trindade.


Cidade de nome grande dá uma dor de cabeça, né? Nas minhas férias eu vou para Itu.

domingo, 7 de outubro de 2007

Fiat lux!

Antes de acharem que recomeço a blogar com patrocínio de palitos de fósforo, carros italianos ou sabonetes glicerinados, já esclareço que essa expressão em latin que significa: faça-se luz. E a expressão foi atribuída a Deus durante a criação do mundo no momento em que o dia era criado.


E também não é um post de cunho religioso mas é relacionado à um milagre da natureza: o vaga-lume.

O vaga-lume possui esse nome devido a capacidade de emitir luz intermitentemente e por sua natureza vagante, por assim dizer. Ele também é conhecido como pirilampo, nome proveniente do grego, pyris (pyros) = calor, lampis = luz. Além destes nomes, eles também podem ser chamados de: lampíride, lampírio, lampiro, lumeeira, lumeeiro, mosca-de-fogo, pirifora, salta-martim. Vários brasileiros, alguns de origem lusitana.

E nomes são o que não faltam para este ser luminoso: glow worm (em inglês), luciérnagas (em espanhol), lucciola (em italiano) ou seu nome científico lampyris noctiluca.

Veja mais detalhes abaixo:

Classificação Científica
ClassificaçãoDescrição
ReinoAnimalia
FiloArthropoda
ClasseInsecta
OrdemColeoptera
FamíliaLampyridae
GêneroLampyris



Essa é a espécie mais comum de pirilampos do Brasil. Outros insetos também têm a habilidade de emitir luz como as Elateridae e Fengodidae.



Os lampirídeos tem o ciclo biológico longo. A fêmea, com seu corpo frágil e cor de terra, pode somente arrastar-se no chão e são comumente confundidas com minhocas. Para compensar a falta de asas pequenas glândulas que segregam luciferina foi desenvolvida. Assim, o macho que é alado, tem a capacidade de enxergar a fêmea na terra e assim procriarem.



A larva é muito parecida com a fêmea adulta. Geralmente se alimentam de lesmas e caracóis, mas ela é capaz de comer até criaturas muito maiores que ela injetando-lhes um líquido paralizante. O estágio larval dura seis meses, a maior parte passada debaixo da terra. Habitam matas, campos e cerrados, preferindo os lugares úmidos e alagadiços como os brejos.



Suas lanternas ficam no ventre e variam de tamanho e disposição. Emitem luz esverdeada intermitente durante as poucas horas do enterdecer. Os lampejos equivalem ao início do namoro, mas também podem servir como instrumento de defesa ou para atrair a caça. Ao emitir a luz, a fêmea do vaga-lume corre o risco de atrair não apenas o vaga-lume macho como também predadores como carangueijos, aves e rãs.



Ok. Já sabemos o bastante sobre suas vidas mas, como eles geram essa luz?



A fosforescência decorre-lhes de uma reação entre um fermento e outras substâncias químicas. Uma molécula de luciferina é oxidada pelo oxigênio, ocorrendo assim a formação de uma molécula de oxiluciferina, que é uma molécula energizada. Quando essa molécula perde sua energia, passa a emitir luz. A enzima responsável pelo processo de oxidação é a luciferase. As luciferases são proteínas compostas por centenas de aminoácidos e é a sequência de aminoácidos que determina a cor da luz emitida por cada espécie de vaga-lume. Para cada molécula consumida, um fóton de luz é emitido.



Esse é um processo chamado de "oxidação biológica" ou bioluminescência e permite que a energia química seja convertida em energia luminosa sem a produção de calor.



A maior parte dos animais bioluminescentes do mundo está no oceano e não na terra. Recentemente cientistas de Taiwan divulgaram imagens de porcos que, aparentemente brilham no escuro. Feito alcançado por uma equipe que injetou proteínas verdes (green protein) de águas-vivas no DNA dos porcos. Seu objetivo não era fazer uma carne mais light (entendeu? light) ou um mascote fiel para os palmeirenses mas sim criar uma geração de porcos imunes a determinadas doenças.



Gostou? Vai uma Costelinha Light aí?