segunda-feira, 28 de maio de 2007

Blue Moooooon!!!

Chamamos de Lua Azul a segunda lua cheia que ocorre num mesmo mês no calendário gregoriano. Quando a lua cheia cai no dia primeiro de um mês de 31 dias, no dia 31 terá outra lua cheia, a Lua Azul. Maio de 2007 é um mês com Lua Azul.


Ela ocorre uma vez a cada dois anos e sete meses, sete vezes a cada dezenove anos e trinta e seis vezes em um século. Isso se deve a que um mês terrestre tem em média 30,5 dias enquanto o mês lunar tem 29,5 dias.

Ficou confuso? Então observe a figura abaixo:



O planeta Terra gira em torno do Sol. Ela leva 1 ano, ou 365 dias e seis horas para dar uma volta completa ao redor dele. Cada uma das 12 posições na figura acima representa um mês do ano. Caso cada mês fosse uma divisão exata por 12 do movimento de translação, os meses teriam 30 dias e 12 horas, mas como os meses foram divididos de forma a se adequarem as estações do ano e às necessidades do homem, foi preciso que criassem o ano bissexto para ajustar a perda de 6 horas durante 4 anos. E assim, durante um ano bissexto, fevereiro passa a ter 29 dias ao invés dos usuais 28. Então vamos combinar que se dividíssemos um ano ideal por 12 teríamos um mês de 30,5 dias.


O mês lunar seria o tempo que a Lua demora para dar uma volta completa ao redor do planeta Terra. Como a lua é um satélite natural e não possui luz própria, a luz que vemos da Lua à noite é sempre um reflexo do Sol de acordo com a posição da lua ao redor da Terra. Quando ela está refletindo o sol em toda sua superfície nós vemos, ao olhar para o céu, a Lua Cheia(b). E quando vemos apenas sua sombra, esta é a Lua Nova (d). Nos períodos de transição entre uma lua e outra, temos o Quarto Crescente (c) e o Quarto Minguante (a). Cada fase da lua tem sete dias e nove horas. As quatro fases ou a volta completa resulta em 29,5 dias, ou seja, esse é o período do mês lunar. Graças a isso, o mês que começou com Lua Cheia, vai passar por todos os seus períodos e terminar com Lua Cheia. Tchã!


O termo Lua Azul ("Blue Moon") se originou a mais de 400 anos atrás, mas a razão para tal termo não tem explicação assim como os ingleses falavam que a Lua era feita de "Green Cheese" (Queijo verde), só por que esta se assemelha à um queijo quando embolorado em algumas noites. Existe a história de que o termo Lua Azul signifique algo que nunca acontecerá. "Só me casarei quando a Lua for azul", ou seja, ele não vai se casar nunca.


De fato, existem exemplos históricos de que a Lua tenha ficado efetivamente azul. Quando o vulcão Krakatoa localizado na Indonésia entrou em erupção e explodiu em 1883, as nuvens de poeira em suspensão fez com que o pôr-do-sol ficasse verde e a lua com tonalidade azul, por cerca de 2 anos. Em 1927, as monções indianas estavam chegando tarde e em uma estação extra-longa bastante poeira se elevou na atmosfera tornando a visibilidade da Lua em tonalidade azul. No nordeste da América da Norte a Lua azul foi vista em 1951 quando enormes incêndios na floresta ocidental no Canadá jogaram uma quantidade grande de partículas de fumaça no céu.


Mas esses eventos ocorrem tão raramente ao redor do planeta, que não são suficientes para dizer que originaram o termo. Modernamente, o termo Blue Moon para nomear a segunda Lua Cheia que acontece em um mesmo mês, pode ter começado a ser usada por James Hugj Pruett em uma matéria publicada na S&T de março de 1946. A revista Sky and Telescope adotou a nova definição de Pruett e passou a utilizá-la em sua publicação a partir maio de 1950 de então, o conceito de Blue Moon para denominar a segunda Lua Cheia de cada mês se espalhou e passou a ser usado pelos leitores da revista (de alcance mundial) e seu uso se generalizou ainda mais quando foi empregado em um popular programa de rádio de grande audiência, StarDate, em 31 de janeiro de 1980. Com o uso popular do termo a cerca de mais ou menos três décadas, Lua Azul, é altamente aceito hoje e assim a S&T emprestou sua contribuição para o folclore lunar moderno.



A lua Cheia influencia muito a vida do homem e muitos mitos surgem a seu respeito. Exemplos: a semeadura e a colheita devem ser realizadas durante determinadas luas, o corte de cabelo, a menstruação, os suicídios, os lobisomens, etc. Nada disso está ligado a fase da lua em si, nem mesmo o movimento das marés Sim, as marés são mais fortes na lua cheia e na lua nova, mas somente porque nestes períodos a Lua e o Sol estão alinhados e a força gravitacional dos dois exercida sobre os oceanos se soma.


Se uma lua Cheia já causa tanto impacto, imagine duas num mês só! Muito se teoriza e muito se inventa a respeito, mas nada é realmente concreto. Termino este post num dia de Lua Azul, apenas desejando que esta Lua ajude a todos a ter mais clareza de pensamento e permita que o ser humano pense no futuro e na possibilidade de termos muitas outras Luas Azuis.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

A Erva do Gato

Você sabia que existe uma erva que é capaz de deixar o gato doidão? E não é só gato. A maioria dos felinos sofrem o efeito dessa erva, mas antes que você pense que seu bichano corre sérios riscos de se tornar um adicto e que deverá levá-lo a sessões do Narcóticos Anônimos, deixe-me explicar mais sobre essa erva.


Seu nome popular é Catnip, mas também pode ser conhecida como erva dos gatos, erva-gateira, erva-gato, neveda dos gatos, catmint (inglês), hierba del gato (espanhol), herbe aux chats (francês), cataria (italiano) e o nome científico: Nepeta Cataria.


Essa erva é da mesma família que o Hortelã e suas folhas se assemelham muito apesar da folha do Catnip ser um pouco maior. Ela é nativa da Europa e da Ásia e logo foi levada para o Japão e para a América do Norte, onde se tornou comum. Quando cultivada atinge cerca de 50 cms de altura, como mostrado na foto abaixo.




A reação à planta ocorre em cerca de 80% dos felinos, ou seja, além dos gatos, os leões, pumas, onças, leopardos, etc. sucumbirão aos efeitos dessa planta. E que efeito é esse? Segundo veterinários e especialistas, o odor exalado por essa planta contém uma substância chamada Neptalactone que, ao ser percebida pelo órgão de Jacobson, situado no cérebro do gato, faz com que o instinto predador do animal seja estimulado.

É claro que a reação a essa planta é herdada geneticamente, alguns gatos são imunes enquanto outros possuem uma reação maior, geralmente os machos. Tal reação dura poucos minutos, após duas horas o gato se recompõe e a mesma reação ocorre se entrar em contato com a erva.



Embora alguns gatos tentem comê-la, cientistas afirmam que a reação só ocorre ao odor e devido a isso muitos mordem, mastigam, esfregam ou rolam sobre a erva com o objetivo de liberar a essência das folhas. A erva é colhida quando a produção dessa essência atinge o nível máximo e suas flores e folhas são desidratadas cuidadosamente para presenvar o odor.

Após seca, ela passa a ser recheio dos mais variados tipos de brinquedos, almofadas e arranhadores, com o intuito de fazer o brinquedo mais atraente para os felinos. Tais brinquedos acabam ativando o lado predador do animal e eles são capazes de ficarem brincando por mais de uma hora, rolando e 'caçando' o brinquedo. Após a brincadeira, eles dormem um sono profundo.

A erva é considerada terapêutica para a recreação e controle do stress de felinos, sem efeitos tóxicos e nenhuma dependência química ou física. Recomenda-se que seja permitido o contato do felino com uma folha de erva, por exemplo, cerca de duas vezes por semana.


Dentre as propriedades medicinais do Catnip temos: analgésica, anticatarral, antiespasmódica, aromática, calmante, carminativa, emenagoga, estomáquica, expectorante, febrífuga, refrigerante, sedativa, sudorífera e tônica dos nervos. Ufa!

O Catnip está a venda em lojas de plantas ou grandes petshops. É possível comprar sementes, a planta em si, a erva desidratada ou em spray. É uma diversão natural, saudável e indispensável aos bichanos. Abaixo, dica de como plantar Catnip:

Escolha bem a área do canteiro, preferencialmente terras com alto teor de matéria orgânica. Em geral, as ervas não devem ser cultivadas com uso de adubos químicos para se obter um sabor mais intenso e plantas mais compactas. Revolva a terra entre 20 e 30 cm de profundidade e, se desejar, misture para cada m² de canteiro 150 g (1 copo) de esterco bem curtido ou húmus, uma semana antes da semeadura ou do transplante. Irrigar uma vez por dia, sem encharcar, de preferência no início da manhã ou no final da tarde. Também podem ser cultivadas em vasos dentro de casa.


Dicas: gosta de solos bem drenados e arenosos, em pleno sol. Depois de florescer, podar bem.


Época de plantio: todo o ano, exceto em épocas de geadas.

Vale a pena lembrar que os gatos também reagem a outras plantas como a Valeriana (Valeriana Officinalis) e que a planta do Catnip atrai abelhas, mas repele insetos e baratas.

E você já estava pensando em levar seu bichinho no Gatos Anônimos, né?

sexta-feira, 11 de maio de 2007

O Grande Lago

Olhando o mapa abaixo você sabe onde fica o Cambodja?





O Cambodja (terceiro de cor roxa de cima para baixo) é um país de 181.000 Km², que faz fronteiras com o Vietnam (1.230 Km), com a Tailândia (800 Km) e com o Laos (540 Km) e tem uma linha costeira de quase 450 Km de extensão com o Golfo da Tailândia. Também pode ser chamado de Camboja ou Cambodia.




O páis é cruzado de norte a sul pelo Rio Mekong. Um rio que nasce no Tibete e depois percorre China, Mianmar, a Tailândia, o Laos, o Cambodja e o Vietnam onde encontra o mar. Tem aproximadamente 4.500 Km de comprimento e na sua passagem pelo Cambodja, um de seus afluentes chamado Rio Tonlé Sap tem um comportamento um tanto curioso: ele muda de direção de acordo com a época do ano. Isso mesmo, ele muda de direção. Mágica? Ilusão de ótica? Cólera do Dragão? Não.




No Cambodja predominam as baixas altitudes, onde o maior acidente geográfico é um curioso grande lago, o Tonlé Sap, com cerca de 2.500 Km² de extensão na estação seca, mas cuja dimensão chega a 12.000 Km² na estação das chuvas. Veja foto de satélite abaixo.






O Rio Tonlé Sap, que significa Grande Rio de Águas Frescas, tem um sistema de abastecimento adjacente bastante flexível pois, conforme a estação, abastece ou é abastecido. Durante o período de Junho a Setembro a água flui pelo Rio Tonlé Sap do Rio Mekong até o lago Tonlé Sap, no período de Outubro a Maio a água flui do lago Tonlé Sap até o Mekong.



Preste bem atenção: um é lago e o outro é rio. Ambos se chamam Tonlé Sap.



Graças a esse fluxo diferente e as grandes cheias e secas, o solo do Cambodja é muito rico para o plantio. Além do mais, na época de cheia, o lago Tonlé Sap é um dos lugares do mundo com maior concentração de peixes de água doce.

A capital do Cambodja é Phnom Pehn, sua língua é o Khmer, a moeda local é o Riel e o Hino Nacional se chama Nokoreach. O Cambodja sofre com uma guerra civil desde a segunda guerra mundial. Após a independência concedida pela França, em novembro de 1953, o comunismo assumiu a liderança no país e um forte sentimento nacionalista fez com que surgissem conflitos que causaram a morte de milhões de cambodjanos nas últimas décadas.

Em 1956, o Camboja desarmou a população ordeira. De 1975 a 1977, um milhão de pessoas "instruídas", impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados. Mais de 30 anos após o ocorrido ainda ocorre de, ao pedir um prato em um restaurante no Cambodja, o que mais demora para vir é a conta, pois não há alguém com instrução para calculá-la.

terça-feira, 8 de maio de 2007

A solução para o soluço

Ontem tive ataques de soluço. Foram 4 vezes durante o decorrer do dia em que eu soluçava e apenas quando eu prendia a respiração por um tempo prolongado é que o disgramado resolvia ir embora. Ele foi, mas a minhaquinha da curiosidade não me deixou descansar. O que é o soluço? De onde vem? Para onde vai? Como resolvê-lo? É o que veremos a seguir:


O soluço (em inglês hiccups) é um espasmo repentino e involuntário do diafragma (músculo envolvido na respiração, que separa o tórax do abdome e recobre o estômago) e é muito comum em bebês justamente pelo fato de não terem os sistemas digestivo e nervoso totalmente desenvolvidos e, portanto é muito difícil controlar os movimentos do diafragma. O soluço não traz problemas à saúde e a maioria desaparece espontâneamente em alguns minutos. Os bebês podem ter soluços até mesmo enquanto estão no útero materno. O fechamento repentino das cordas vocais levam ao som característico.



O soluço surge quando alguma parte do sistema nervoso é afetada.

  1. Dano no sistema nervoso central: causados por danos físicos (traumatismo, derrame, tumor cerebral) ou psiquicos (trauma, depressão, ansiedade) no cérebro.
  2. Irritação do nervo vago: Pneumonia, infarto, hepatite, esofagite, pancreatite e tumores podem atingir esse nervo, que vai da cabeça ao abdômen e também mexe com o diafragma. Intenso e duradouro, some apenas com a cura da doença causadora.
  3. Irritação do nervo frênico: tipo comum que ocorre quando o estômago incha, apertando o chamado nervo frênico. Causado por indigestão ou ingestão rápida de alimentos, bebida gelada enquanto come uma comida quente, comida muito quente ou apimentada, gargalhadas explosivas, bebida alcoólica em excesso, inalação anormal durante o fumo de cigarro e a exposição de uma fonte de frio a um corpo quente, exemplo: corrente de ar gelado em um corpo descoberto ou os pés descalsos no piso frio.

O soluço então entra em ação para alertar que algum procedimento envolvendo a respiração e a alimentação não foi executado de maneira correta. Quando o ar entra no canal do esôfago e fica entre camadas de alimentos ou quando a comida desce muito devagar por esse mesmo canal o soluço é a solução!



Para não ter soluço evite comer rapidamente, mantenha uma postura mais correta e respire pausadamente, evite bebidas alcoólicas e cigarros, não coma refeições gordurosas em demasia.


Percebe-se que é muito fácil evitá-lo. Dentre as soluçõe possíveis temos:


  • Force um arroto - se o soluço for causado por excesso de ar, o arroto deve resolver o problema;
  • Respire em um saco de papel por alguns minutos;
  • Efetue gargarejos com água fria (e não gelada);
  • Tome alguns goles de água fria (e não gelada);
  • Peça a ajuda de alguém para tampar-lhe completamente os ouvidos enquanto bebe um copo de água fria com a respiração presa;
  • Permaneça deitado de bruços por algum tempo, esta posição força mais o diafragma fazendo com que ele retorne ao estado normal;
  • Prenda a respiração por alguns minutos;
  • Injeção de adrenalina;
  • Susto;
  • Um beijo apaixonado;
  • Toque retal.

Este último, inclusive, foi premiado com o IgNobel de medicina a Francis M. Fesmire (EUA) em 2006. O prêmio IgNobel é dado àqueles estudos "que não podem ou não deveriam ser reproduzidos".

O recordista de soluços foi Charles Osborne (1893 - 1991). Ele soluçou por 68 anos, de 1922 até 1990. Com uma taxa de 40 soluços por minuto diminuindo a 20 e finalmente parando em 5 de Junho de 1990, quando sua filha, Melissa, rezou por ele. O soluço não impediu Charles de se casas 2 vezes e de ter 8 filhos. Charles morreu devido a complicações com úlcera. Estima-se que ele tenha soluçado cerca de 430 milhões de vezes nesses 68 anos de soluços. A média de um ser humano normal é de 230 vezes.

Charles Osborne deveria ter conhecido Francis Fesmire...

domingo, 6 de maio de 2007

É Durian de engolir!

Você já ouviu falar do Durian? No Brasil ela é conhecida como Durião... Ainda não sabe? Pois bem, logo abaixo você verá uma foto dela.


E agora? Facilitou? Também não? Então vamos deixar de rodeios. Durian é simplemente o REI DE TODAS AS FRUTAS!



Antes que os defensores das maçãs, bananas, uvas e pêras queiram contestar a minha afirmação dizendo que o abacaxi é o rei porque tem coroa, eu já informo: quem afirma isso não sou eu e sim o povo do sudeste da Ásia. Ela é do tamanho de uma jaca e se assemelha muito a uma, mas algumas características peculiares fazem com que ela tenha essa fama. Vamos a descrição científica:



Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Malvales

Família: Malvaceae (Bombacaceae)

Gênero: Durio

Espécie: Existem cerca de 30 espécies diferentes de Durio, mas apenas a Durio zibethinus está disponível no mercado internacional, as demais espécies são encontradas apenas no local onde elas são nativas: no sudeste da Ásia.


Além do tamanho que pode ser de até 30 centímetros de comprimento e 15 centímentros de largura, o outro fator que o levou a ser considerado o Rei das Frutas é o seu odor. E se engana aqueles que acreditam que o odor deste rei é Channel Nº5. O Durian fede. E muito! Abaixo algumas descrições do odor do Durian:


"... uma mistura de creme de queijo, molho de cebola, um vinho originário da Espanha e outros pratos impróprios..."


Alfred Russel Wallace
naturalista britânico, 1856



"... seu odor é melhor descrito como fezes de porco, aguarrás e cebolas, guarnecido com chulé. Pode ser sentido por muitos metros de distância..."

Richard Sterling
escritor sobre comidas


Sim! Essa fruta fede mais que gases após digestão de Esfihas do Rabibis e em alguns lugares isso foi tão levado a séria que é proibido comê-la em público, como em Cingapura. Veja abaixo uma placa que pode ser encontrada no metrô de Cingapura.


Apesar de toda a fedentina, o povo do sudeste da Ásia não só a reverencia como um rei como também a consome diariamente nos mais variados pratos como em geléias, gelados e pudins. Os filipinos têm por hábito comer o fruto embebido em vinagre de arroz. Dentre as razões do sucesso da fruta-budum estão a atribuição de poderes medicinais e afrodisíacos.

Abaixo você encontra uma receita dessa frutinha linda, que também é da família da graviola e que, pra nossa sorte, cheira flores do campo.


Bolo de Durian



Ingredientes:

1 Durian
3/4 copo margarina
2/3 copo açúcar
4 ovos gemas e claras separadas
3/4 copo farinha


Modo de Preparo:

Pre aqueça o forno a 180 graus Celsius. Retire a parte carnuda do Durian e descarte as sementes. Com um processador transforme a parte carnuda em uma pasta. Numa tigela separada bata a margarina e o açucar até formarem um creme, então adicione as gemas e bata. Acrescente a farinha e misture bem a massa e aos poucos coloque o pasta de Durian até formar uma massa homogênea.


Bata as claras em neve e, após adquirirem uma consistência fofa, misture cuidadosamente a massa do bolo. Coloque em uma forma untada e leve ao forno por aproximadamente 1 hora.


Rende de 8 a 10 pedaços!


Boa indigestão!

sábado, 5 de maio de 2007

Adeus, Plutão!

No dia 24/03/2006, perdemos Plutão. Ele não saiu de órbita ainda, ele também não colidiu com nenhum meteoro gigantesco (apesar de ser bastante possível), muito menos virou lua de algum planeta maior que aliciou este pequeno corpo celeste. Neste fatídico dia, Plutão perdeu a atribuição de Planeta como os demais 8 amigos do Sistema Solar e passou a se chamar apenas "planeta anão".



A decisão adotada pela União Astronômica Internacional (IAU) fez com que crianças comemorassem nas escolas: um planeta a menos para decorar. Apesar do macete ensinado pelo Beakman: Meu Velho Tio Mandou Júnior Saborear Umas Nove Pizzas. Não entendeu?

Meu: Mercúrio

Velho: Vênus

Tio: Terra

Mandou: Marte

Júnior: Júpiter

Saborear: Saturno

Umas: Urano

Nove: Netuno

Pizzas: Plutão




E apesar do macete, agora nós só temos que tirar as pizzas da frase. Bom para quem está de dieta. Ao lado, a Terra e seu satélite natural, Lua e Plutão e seu respectivo, Caronte.


Haviam correntes que apoiavam incorporar Plutão a categoria de planetas, mas caso isso ocorresse crianças no mundo todo cometeriam suicídios coletivos, pois o número de planetas do sistema solar passaria de 9 para 12. E junto com Plutão, virariam planetas também Caronte (lua de plutão que é tão "grande" quanto ele), Ceres (asteróide que segue a órbita Solar e está localizado num cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter) e o UB313 (outro planeta anão que fica além Plutão e foi descoberto por Mike Brown, que desejava nomeá-lo Xena). Pelo menos este último a criançada não teria dificuldade em lembrar, né? "Forjada no calor da batalha, a princesa guerreira...". Mas por fim, de Xena, o UB313 ganhou o nome Éris, a deusa da discórdia.


E para ajudar: Meu Velho Tio Mandou Caio Júnior Saborear Umas Nove Pizzas Calabreza Xpecial. Corrigindo: Especial.


Plutão era menor do que sete satélites naturais de planetas do sistema solar: Lua, Io, Europa, Ganymede, Callisto, Titan e Triton e que Éris. Recebeu esse nome por que na mitologia Romana, Plutão era o deus do Inferno (Hades para os Gregos), isso porque ele ficava tão distante do Sol, numa verdadeira escuridão perpétua.


A tempo: Xena foi uma personagem supostamente mitológica criada especialmente para a série.

Adeus, Plutão! Você ficará para sempre em nossos corações... Sniff... Sniff...

terça-feira, 1 de maio de 2007

Express Yourself

A seguir uma lista de expressões curiosas da língua portuguesa, apesar do título do post em inglês.

"Fazer nas coxas."

A origem vem da época dos escravos, que usavam as próprias coxas para moldar o barro usado na fabricação das telhas. Como as medidas eram diferentes, as telhas saíam também em formatos desiguais. E o telhado, “feito nas coxas”, acabava torto. Tem outra explicação, mas não é possível contar nesse blog.


"Lua-de-mel."


Há mais de 4 mil anos, os habitantes da Babilônia comemoravam a lua-de-mel durante o primeiro mês de casamento. Nesse período, o pai da noiva precisava fornecer ao genro uma bebida alcoólica feita da fermentação do mel. Como eles contavam a passagem do tempo por meio de um calendário lunar, as comemorações ficaram conhecidas como lua-de-mel.


"Baderna."


Uma bailarina de nome Marietta Baderna fazia muito sucesso no Teatro Alla Scalla, de Milão. Ao apresentar-se no Brasil, em 1851, causou frisson entre seus fãs, logo apelidados de “os badernas”. O sobrenome da artista, de comportamento liberal demais para os padrões da época, deu origem ao termo que significa confusão, bagunça.


"Cor de burro quando foge."


Por acaso o burro muda de cor quando foge? Na verdade, a tradição oral foi modificando a frase, que inicialmente era “corra do burro quando ele foge”. O burro enraivecido é mesmo perigoso.


"Arco-íris."


Na mitologia grega, Íris era a mensageira da deusa Juno. Como descia do céu num facho de luz e vestia um xale de sete cores, deu origem à palavra arco-íris. A divindade deu origem também ao termo íris, do olho.


"Bode expiatório."


A expressão significa que alguém recebeu a culpa de algo cometido por outra pessoa. A origem está num rito da tradição judaica. Simbolicamente, o povo depositava todos os seus pecados num bode, que era levado até o deserto e abandonado. Dessa forma, acreditava-se que as pessoas estariam livres de todos os males que tinham feito.


"A vaca foi pro brejo."


Faz referência a tempos difíceis, de seca, quando o gado parte em direção a brejos ou terrenos pantanosos em busca de água.


"Não ponho a mão no fogo por ninguém."


É bom mesmo, se você não quiser se responsabilizar pelos outros. Na Idade Média, quando alguém se dizia inocente diante de algum fato, tinha de provar pegando numa barra de ferro incandescente e caminhando alguns metros na frente do juiz e das testemunhas. Depois de três dias retirava-se o curativo e, se não houvesse sinais de queimaduras, o que era quase impossível, o suspeito era considerado inocente.


"Pagar o pato."


Vem de um antigo jogo de destreza feito nas aldeias portuguesas, na qual os garotos saiam correndo atrás de um pato para agarrá-lo. Quem conseguisse, levava o bichinho direto para o caldeirão. Porém, quem tomasse um “olé” da ave e a deixasse escapar, acabava pagando por ela, sem carregá-la para casa.


"Não entendi patavina."


Os romanos não compreendiam uma palavra do que dizia o historiador do Império Romano Tito Lívio. Acontece que ele tinha nascido em Patavium (atual Padova ou Pádua, na Itália), onde se falava um Latim muito antigo e incorreto, incompreensível aos ouvidos sofisticados. Por isso, os romanos passaram a se referir a Tito como “o Patavino”, uma outra versão diz que os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Assim, não entender patavina significa não entender nada.


"Calcanhar de Aquiles."


De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu filho indestrutível, mergulhou-o num grande lago mágico, segurando-o pelo calcanhar. Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não tinha proteção: o calcanhar. Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é conhecido como calcanhar de Aquiles.


"Voto de Minerva."


Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto de desempate ou o voto decisivo.


"Casa da Mãe Joana."


Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.


"Vá se queixar ao Bispo."


Durante o Brasil Colônia, a fertilidade de uma mulher era atributo fundamental para o casamento, afinal, a ordem era povoar as novas terras conquistadas. A Igreja permitia que, antes do casamento, os noivos mantivessem relações sexuais, única maneira de o rapaz descobrir se a moça era fértil. E adivinha o que acontecia na maioria das vezes? O noivo fugia depois da relação para não ter que se casar. A mocinha, desolada, ia se queixar ao bispo, que mandava homens para capturar o tal espertinho.


"O conto do vigário."


Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.


"Ficar a ver navios."


Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.


"Dourar a pílula."


Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar os aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.


"Chegar de mãos abanando."


Há muito tempo, aqui no Brasil, era comum exigir que os imigrantes que chegassem para trabalhar nas terras trouxessem suas próprias ferramentas. Caso viessem de mãos vazias, era sinal de que não estavam dispostos ao trabalho. Portanto, chegar de mãos abanando é não carregar nada.


"Sem eira nem beira."


Os telhados de antigamente possuíam eira (hoje conhecido como platibanda) e beira (conhecido como beiral), detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.


"Abraço de tamanduá."


Para capturar sua presa, o tamanduá se deita de barriga para cima e abraça seu inimigo. O desafeto é então esmagado pela força. Abraço de tamanduá é sinônimo de deslealdade, traição.


"O canto do cisne."


Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. Desta maneira a expressão "canto do cisne" representa as últimas realizações de alguém.


"Estômago de avestruz."


Define aquele que come de tudo. O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais.


"Lágrimas de crocodilo."


É uma expressão usada para se referir ao choro fingido. O crocodilo, quando captura uma presa, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.


"Memória de elefante."


O elefante lembra de tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atrações do circo. Diz-se que as pessoas que se recordam de tudo tem memória de elefante.


"Olhos de lince."


Ter olhos de lince significa enxergar longe, uma vez que esses bichos têm a visão apuradíssima. Os antigos acreditavam que o lince podia ver através das paredes.


"Levantar a lebre."


Metáfora de caça que significa descobrir algo que não é de conhecimento geral. Aparece em diversos outros provérbios, como: "A lebre é de quem levanta e o coelho de quem o mata" ou "Levantas a lebre, para que outrem medre (seja favorecido)".


"Falar pelos cotovelos."


A frase, que significa “falar demais”, surgiu do costume que as pessoas muito falantes têm de tocar o interlocutor no cotovelo afim de chamar mais a atenção. O folclorista brasileiro Câmara Cascudo fazia referência às mulheres do sertão nordestino, que à noite, na cama com os maridos, tocavam-nos para pedir reconciliação depois de alguma briga.


"Ok."


OK significa “tudo certo” (all correct em inglês). No início do século XIX, em Boston, nos Estados Unidos, em vez de usar as letras AC, que poderiam ser confundidas com alternating current (corrente alternada), as pessoas diziam OK, de oll korrect, gíria de mesmo significado. Durante uma campanha presidencial de 1840, a sigla foi usada como slogan e acabou conhecida no país inteiro. Outra versão é que a sigla começou a ser usada durante a Guerra da Secessão, uma disputa entre o norte e o sul dos Estados Unidos. As fachadas das casas exibiam o OK para indicar zero killed, ou seja, nenhuma baixa na guerra civil.


"Deixar as barbas de molho."


Na Antiguidade e na Idade Média, a barba significava honra e poder. Ter a barba cortada por alguém representava uma grande humilhação. Essa idéia chegou aos dias de hoje nessa expressão que significa ficar de sobreaviso, acautelar-se, prevenir-se. Um provérbio espanhol diz que "quando você vir as barbas de seu vizinho pegar fogo, ponha as suas de molho". Todos devemos aprender com as experiências dos outros.



Ok, pessoal, acho que já falei pelos cotovelos aqui e rezo eu que este não seja meu canto do cisne, pois tenho memória de elefante e quero ainda escrever muito nessa baderna, e para eu não ficar dourando a pílula sem eira nem beira, vou deixar minhas barbas de molho antes que a vaca vá para o brejo ou isso fique feito nas coxas. Não entendeu patavina? Então leia tudo de novo ou vai ficar a ver navios!!!